Bolsas Europeias Disparam Mesmo Com Tensões Crescentes Entre EUA e China

 



Cerca das 09:20 em Lisboa, o EuroStoxx 600 estava a subir 0,56% para 567,34 pontos.

As bolsas de Londres, Paris e Frankfurt avançavam 0,29%, 0,65% e 0,63%, respetivamente, bem como as de Madrid e Milão que se valorizavam-se 0,74% e 0,69%.

A bolsa de Lisboa mantinha a tendência da abertura e o principal índice, o PSI, subia 0,37% para 8.200,15 pontos, depois de ter terminado em 09 de outubro num novo máximo desde fevereiro de 2011, de 8.229,95 pontos.

As bolsas europeias registaram fortes quedas na sexta-feira, depois de Trump ter ameaçado na sua rede social TruthSocial impor tarifas adicionais de 100% sobre produtos chineses a partir de 01 de novembro, o que também causou uma forte queda nas criptomoedas.

Os mercados, no entanto, suavizaram hoje a reação, depois de Trump moderar o tom no domingo e dizer que o seu país "quer ajudar a China, não prejudicá-la", após o ministério do Comércio chinês ter acusado Washington de minar o diálogo comercial entre as duas potências.

Enquanto isso, em França, o novo Primeiro-ministro, Sébastien Lecornu, enfrenta a difícil tarefa de compor uma equipa de governo para poder apresentar o Orçamento de 2026 o mais rápido possível, com a relutância dos partidos que até há pouco tempo atrás apoiavam o Presidente francês, Emmanuel Macron.

Os mercados não contam hoje com a referência da Bolsa de Tóquio, que permaneceu fechada devido ao feriado do Dia Nacional do Desporto, enquanto o índice de referência da bolsa de Xangai caiu 0,19%, o da de Shenzhen perdeu 0,93% e o Hang Seng, da bolsa de Hong Kong, perdia 2,01% pouco antes do final da sessão.

Depois de ter terminado em forte baixa na sexta-feira, os futuros da bolsa em Wall Street avançam ganhos de 2,19% para o Nasdaq e de 1,19% para o Dow Jones.

O Dow Jones terminou na sexta-feira a cair 1,90% para 45.479,60 pontos, contra 46.758,28 pontos em 03 de outubro, um novo máximo desde que foi criado em 1896.

O Nasdaq, índice de cotadas de alta tecnologia, fechou a recuar 3,56% para 22.204,43 pontos, contra um novo máximo de sempre, de 23.043,38 em 08 de outubro.

Por sua vez, os futuros dos EUA avançam ganhos de 2,19% para o Nasdaq e de 1,19% para o Dow Jones, uma recuperação face às quedas registadas na sexta-feira.

No que diz respeito às matérias-primas, o ouro sobe 2,34% e regista novos máximos históricos, aproximando-se já da marca dos 4.100 dólares.

O preço do ouro, historicamente considerado um ativo de refúgio em tempos de incerteza, estava hoje a subir e a onça estava a ser negociada a 4.075,22 dólares, um novo máximo de sempre.

Por sua vez, o petróleo recupera das quedas de sexta-feira, e o Brent, o petróleo bruto de referência na Europa, para entrega em dezembro, está a subir 1,55% para 63,66 dólares, contra 62,73 dólares na sexta-feira.

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) atualiza hoje no relatório mensal as previsões sobre a evolução da oferta e da procura mundial de petróleo bruto em 2025 e 2026, num momento em que as tensões geopolíticas no Médio Oriente começam a diminuir.

O preço do cobre também regista um aumento notável de 2,66% e conseguiu superar os anteriores máximos históricos, ao atingir 5,018 dólares.

No mercado de dívida, os juros da obrigação a 10 anos da Alemanha avançavam para 2,655%, contra 2,643%, bem como os de França, que subiam para 3,483%, contra 3,478% na sexta-feira e o máximo de 3,600% em 25 de setembro.

O euro baixava para 1,1610 dólares no mercado de câmbios de Frankfurt, contra 1,1519 dólares na sexta-feira e o novo máximo de quatro anos, de 1,1865 dólares, verificado em 16 de setembro.






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